AE Lima-de-Faria

Escola Secundária Lima-de-Faria

ESLdF

A Escola Secundária de Lima-de-Faria, Cantanhede

Como não é possível interromper-se o decurso do tempo nem a capacidade humana para resolver problemas, provavelmente os primeiros frequentadores destas instalações já não as reconhecerão, a não ser exteriormente.
Na sequência das políticas educativas que levaram à constituição dos agrupamentos escolares, a antiga Escola Secundária de Cantanhede, tornou-se, em 2014, na Escola Secundária Lima-de-Faria, Cantanhede e escola sede do Agrupamento de Escolas com o mesmo nome.
No entanto, é essa mudança constante que (também) faz viver uma Escola: mudam as pessoas, mudam os interiores, mudam as localizações, mudam as decorações, mudam os nomes, mas a força educativa mantém-se.


A Escola Secundária de Cantanhede

A Escola Secundária de Cantanhede, como instituição, foi criada pelo Decreto-Lei n.º 260-B/75, de 26 de maio de 1975. Punha-se assim termo a uma história de ensino que se sucedia ao básico, a qual passava tanto pelo Liceu de Cantanhede como pela Escola Industrial e Comercial de Cantanhede, e também pelo Colégio Infante de Sagres.
No entanto, a unificação das duas estruturas escolares, bem como a simbiose dos conteúdos das duas áreas - liceal e industrial e comercial -, não promoveu, em simultâneo, a criação de um espaço próprio e autónomo. Os que frequentavam o Liceu ou a Escola Industrial continuaram a fazê-lo exatamente nos mesmos sítios: nas anteriores instalações do Colégio e nas instalações cedidas pela Santa Casa da Misericórdia de Cantanhede.
As condições não eram as melhores, mas isso dava azo ao conhecido espírito inventivo dos portugueses: como o ginásio já não tinha condições nem para a prática da educação física nem para a realização de espetáculos, subdividiu-se a sala e assim se conseguiram umas salinhas, algo apertadas, pouco luminosas, mas que iam dando para as turmas mais pequenas; se chovia na escada de passagem do rés-do-chão para o primeiro andar, os guarda-chuvas abertos serviam para fazer a travessia diluviana e davam outro colorido ao estabelecimento; o campo de jogos era em declive e estava cheio de pedras, mas isso facilitava a tarefa (pelo menos durante uma parte) porque "para baixo todos os santos ajudam". Era, portanto, necessário arranjar um espaço próprio, era urgente até, porque as circunstâncias de trabalho eram incomportáveis. Então, no ano letivo de 1977-1978, a Escola Secundária de Cantanhede instalou-se definitivamente no local onde hoje é a Escola Secundária Lima-de-Faria.
Ao longo destes anos, esta Escola tem sido espaço e tempo de descoberta e de exigência, sem descurar a cooperação, o desenvolvimento de competências diversas e a sua divulgação numa interação da comunidade educativa. Destacam-se, neste caso, os diversos cafés-concerto e/ ou sessões lúdico-expressivas, a edição de anuários e até de coletâneas de textos e/ ou de temas musicais de/ por elementos da escola ("Vinte anos, vinte sons"; 25 anos - palavras que ficam"; "Memórias"). Primou também a Secundária pela cooperação com outras entidades e estabelecimentos de ensino com os quais desenvolveu projetos e ações de âmbito local, regional e nacional.
Entre os muitos projetos e realizações da Escola, destaca-se o acolhimento de milhares de adultos, deste e de concelhos contíguos, que, numa nova fase de vida, resolveram, desta feita, "fugir para a Escola", aproveitando uma segunda oportunidade para aumentar o seu currículo e o seu conhecimento, que lhe foi proporcionada pelas várias modalidades de ensino nocturno, nomeadamente pelo Centro Novas Oportunidades.

© Texto da autoria de Paulo Correia de Melo


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